O desenvolvimento da
administração se deu em diversas fases, com diversos autores, e cada um deles
abordou o processo de tomada de decisão de uma forma, levando em conta o
período (em termos de tempo) em que estavam e a própria configuração e
desenvolvimento das organizações. Assim, podemos dizer que existem várias
teorias sobre a forma de administrar uma organização e esse conjunto de teorias
se chama Teoria Geral da Administração.
Podemos definir Teoria da
Administração como um conjunto de proposições que buscam explicar os fatos, bem
como oferecer ações que possam orientar os administradores na tomada de
decisões. Não há uma teoria que atenda a todas as necessidades da organização.
À medida que o resultado de um estudo é posto em prática, produz certa
alteração no “equilíbrio organizacional” e acarreta mudanças nos processos.
Este fato abre espaço para o surgimento de novas dificuldades que darão origem
a novos estudos e a novas Teorias. Isso ocorre de maneira cíclica e infindável.
Optamos pela teoria clássica que
esta correlacionada gestão de processos administrativos. A Teoria Clássica foi
apresentada na França, em 1916, por seu idealizador, Henri Fayol.
Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional e pela busca da máxima
eficiência, através de alguns princípios básicos como:
Ordem – Deve ser mantida
em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu
lugar;
Espírito de equipe – O
trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os
integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que
defendam seus propósitos;
Iniciativa – Deve ser
entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo;
Divisão do trabalho –
Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da
fábrica, favorecendo a eficiência da produção e aumentando a produtividade.
Fayol estabeleceu também seis
funções básicas que ele julgava serem necessárias para qualquer empresa. São
elas: •Funções técnicas – Relacionadas com a produção de bens ou de serviços da
empresa; •Funções comerciais – Relacionadas com a compra, venda e permutação;
•Funções financeiras – Relacionadas com a procura e gerência de capitais.
•Funções de segurança – Relacionadas com a proteção e preservação dos bens e
das pessoas; •Funções contábeis – Relacionadas com inventários, registros,
balanços, custos e estatísticas; •Funções administrativas – Relacionadas com a
integração das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam as
demais funções da empresa.
A teoria das relações humana também
contribui para a historia da administração, então mencionaremos a Teoria das Relações
Humanas, onde visa se preocupar com a figura humana dentro das organizações,
dai surgiu o conceito de que o trabalhador satisfeito produz mais, assim foi
implementada teorias focadas na motivação do trabalhador.
Falar em relações humanas é considerar todo tipo
de ralação social ou interação entre os indivíduos. Esta é uma questão abordada
por diversas ciências, dentre elas, a sociologia, a
antropologia, a biologia, a
política, economia, as ciências naturais, enfim, aquilo que envolve o homem ai
está às relações humanas. No trabalho, estas relações são necessárias, pois
toda empresa, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, tem como principio de
funcionamento a trabalho em conjunto, a coletividade, pois a maioria das
tarefas é realizada por grandes grupos de pessoas, onde cada um tem sua função.
Este processo de divisão do trabalho se deu ao longo de tempo e teve seu auge
quando foi iniciada a revolução industrial e o a inserção do sistema
capitalista de produção, que visa o lucro a produtividade, ou seja, cada pessoa
fazendo exclusivamente determinada tarefa aumentaria a produtividade e
minimizaria o tempo gasto no processo de produção. Valem lembrar que as
relações humanas não estão estritamente ligadas apenas às relações entre as
pessoas, mas ao também ambiente de trabalho, ou de atuação, ou seja, na escola
entre os alunos, em casa, coma família, e também a relação do empregado com a
empresa, visto que desta relação é que será ditada a produtividade daquela empresa.
É necessário conhecer o individuo para conhecer suas qualificações, suas
necessidades e limitações para que ele seja utilizado para ser útil dentro da
empresa e que também possa está realizado fazendo determinado trabalho, para a
satisfação da empresa e do trabalhador estarem sempre produzindo qualitativamente. Em suma pode-se dizer que relações
humanas estão diretamente ligadas ao fator respeito, respeito pelo trabalhador
e pelo seu trabalho, assim também do trabalhador para com a empresa, e os
demais colegas de trabalho, respeito mútuo pelo indivíduo e pelo seu trabalho. http://www.webartigos.com/artigos/relacoes-humanas/33230/#ixzz2DkQLwC9O
O Conselho nacional de Pesquisas
dos EUA, em 1927, realizou a Experiência de Hawthorne numa fábrica da Western
Eletric Company, situada em Chicago. A experiência de Hawthorne teve o
objetivo de detectar a relação entre a intensidade da iluminação e a
competência dos operários, medida por meio do ritmo de produção. A experiência
foi coordenada por Elton Mayo, que analisou os níveis de fadiga, acidentes
laboral, mudança de turno e as consequências das condições de trabalho na vida
e produtividade do profissional. Elton Mayo era médico e pertencia a uma equipe
de Harvard, sua especialidade era em psicopatologia.
A partir dessas análises,
perceberam que a produção depende da expectativa do grupo, dos benefícios
cedidos pela empresa, intervalos de descanso e das refeições servidas. Na
terceira fase, vale ressaltar que as senhoritas sentiam-se humilhadas perante a
supervisão vigilante, a partir dessa fase foi inserido na empresa o programa de
Entrevistas (Interviewing Program) para que fosse possível ter um
conhecimento mais profundo sobre as opiniões e sentimentos dos funcionários na
organização. http://pt.wikipedia.org/wiki/Experiência_de_Hawthorne
Também é importante mencionar a
Teoria Burocrática que complementa a historia da administração, porque
concentra seus estudos na racionalização das tarefas.
A Teoria Burocrática foi formalizada por Max
Weber, no início do século XX, na Alemanha, mas só começou a ser amplamente
divulgada na década de 1940, nos EUA, após a sua morte. Weber partiu da
premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era
o agrupamento social em organizações, assim, procurou fazer um mapeamento de
como se estabelece o poder nessas entidades. Em seus estudos observou que a
fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações
Humanas, ambas oponentes e contraditórias entre si, mas sem possibilitarem uma
abordagem global, integrada e envolvente dos problemas organizacionais, revelam
dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a
necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos
participantes da organização. Hoje, podemos observar que uma determinada
empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo da
maior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à
máxima racionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa)
organizado. Assim, pode-se se dizer que a Teoria Burocrática, foi um importante
ponto de partida para as organizações criando um direcionamento administrativo.
Apesar das suas limitações e consequentes disfunções, internalização das
regras, excesso de formalismo ela serve como base para reflexões positivas e
normativas que visam explicar a realidade.
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