A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 1950 nos EUA e
procurava combinar os pressupostos da Teoria Burocrática com as propostas da
Teoria das Relações Humanas, ou seja, seu olhar compreendia tanto aspectos
ligados aos processos, como também às pessoas.
O estruturalismo teve forte influência nas Ciências Sociais, como: Filosofia,
Psicologia, Antropologia, Matemática e Linguística. Apresenta uma visão
extremamente crítica da organização formal. Dentro de uma organização, todas as
partes estão estruturadas (subordinadas umas às outras) de tal forma que
alterações em qualquer uma delas implica rever o todo. É a teoria que se preocupa com o todo e com o relacionamento das partes na
constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de
que o todo é maior do que a simples soma das partes são suas características
básicas. Ela mostra a organização como um sistema aberto que se relaciona com o
ambiente e com outras organizações.
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o “homo economicus” e a Teoria das
Relações Humanas, "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem
organizacional". A pessoa que desempenha diferentes papéis em várias
organizações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, refere-se
à figura do homem organizacional que participa de várias organizações. As
organizações sociais são consequência da necessidade que as pessoas têm de se
relacionarem e juntarem-se a outras, com o propósito de poderem realizar seus
objetivos. Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos papéis. Papel
significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a
expectativa de desempenho por parte do grupo social e consequente internalização
dos valores e normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve ao
indivíduo. O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria
motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa pertence a vários grupos e
organizações e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta
grande número de normas e regras diferentes.
A ideia básica do Estruturalismo
é considerar a organização em todos os seus aspectos como uma só estrutura,
fornecendo uma visão integrada da mesma: analisar as influências de aspectos
externos sobre a organização, o impacto de seus próprios aspectos internos, as
múltiplas relações que se estabelecem entre eles.
Os estruturalistas além de se
preocupar com os fenômenos internos, também se preocupam com os fenômenos que
ocorrem externamente nas organizações, mas que afetam os que ocorrem dentro
delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim, os estruturalistas se baseiam em
uma abordagem de sistema aberto e utilizam o modelo natural de organização como
base de seus estudos. A análise organizacional passa a ser feita através de uma
abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-organizacional
(fenômenos internos) e interorganizacional (fenômeos externos).
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